Afeganistão, Iraque e a guerra ao Terror


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De acordo com a Organização das Nações Unidas, a população global submetida a deslocamentos forçados cresceu substancialmente durante os últimos decênios, passando de  milhões para  milhões em 2015. Desse total, os refugiados representam  milhões de pessoas,  milhão a mais que o total registrado  meses antes. Mais da metade dos atuais refugiados do mundo  procede de três países afetados por conflitos armados.
                                                             
Adaptado de Agência da ONU para Refugiados – ACNUR – Documento Tendencias Globales, 2015.


Indique quais são esses três países.
a) Myanmar, Síria, Somália.   
b) Afeganistão, Síria, Somália.   
c) Afeganistão, Grécia, Macedônia.   
d) Grécia, Macedônia, Myanmar.   
  
2. (Espm 2015)  Em Kirkuk, o último front contra os extremistas do Estado Islâmico no norte do Iraque são os peshmerga.
A luta é desigual, pois os cerca de 30 mil extremistas do EI dispõem de modernos armamentos americanos tomados do exército iraquiano.
Já os cerca de 150 mil peshmerga têm que se virar com armas ultrapassadas e insuficientes. As autoridades dos EUA temem que armar os peshmerga possa oferecer combustível para uma futura guerra de secessão.

(Folha de São Paulo, 12/02/2015)


Assinale a alternativa que traga a resposta, respectivamente, sobre quem são os peshmerga e a região que poderia viver uma futura guerra de secessão:
a) pashtuns – Afeganistão;   
b) tadjiques – Tadjiquistão;   
c) hazarás – Afeganistão;   
d) yazidis – Curdistão;   
e) curdos – Curdistão.   
  
3. (Ufjf-pism 2 2016)  O ano de 2014 testemunhou o dramático aumento do deslocamento forçado em todo o mundo causado por guerras e conflitos, registrando níveis sem precedentes na história recente. (...) em 2013, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) anunciou que os deslocamentos forçados afetavam  milhões de pessoas, o número mais alto desde a Segunda Guerra Mundial. Doze meses depois, a cifra chegou a impressionantes  milhões de pessoas, um aumento de  milhões de pessoas forçadas a fugir.
(...) A Síria é o país que gerou o maior número tanto de deslocados internos  milhões de pessoas) quanto de refugiados  milhões). Em seguida estão Afeganistão  milhões de refugiados) e Somália  milhão de refugiados).

Disponível em: <http://www.acnur.org/t3/portugues/recursos/estatisticas/>. Acesso em: 22 out. 2015.


Qual a causa dos deslocamentos internos e forçados nos países em destaque?
a) Na Síria, os deslocados internos marcham em direção aos territórios dominados por paquistaneses.   
b) Na Somália, a facção do Estado Islâmico controla grande parte do país, expulsando os milicianos.   
c) No Afeganistão, os deslocados internos migram para o norte em busca de emprego na mineração.   
d) Os refugiados da Síria fugiram, principalmente, em função da guerra civil que tenta derrubar Assad.   
e) Os refugiados deixaram o Afeganistão devido à intensificação do recrutamento para o serviço militar.   
  
4. (Unesp 2016)  Há grande diversidade entre aqueles que procuram inspiração em sua fé no Islã. A monarquia vaabita da Arábia Saudita e os líderes religiosos xiitas do Irã têm profundas discordâncias políticas e divergem igualmente em questões socioeconômicas. Em termos mais amplos, ocorre nos movimentos islamitas um debate sobre se a meta correta é mesmo chegar ao poder estatal, assim como sobre a democracia, a diversidade social, o papel das mulheres e da educação e sobre a maneira de interpretar o Corão. E, embora a maioria dos islamitas aceite a realidade da existência dos atuais Estados e suas fronteiras, uma minoria mais radical procura destruir todo o sistema e estabelecer um califado que abarque a região inteira [do Oriente Médio].

(Dan Smith. O atlas do Oriente Médio, 2008.)


O argumento principal do texto pode ser ilustrado por meio da comparação entre
a) o respeito a todas as orientações sexuais nos países que vivem sob regime islâmico e a perseguição a homossexuais no Paquistão e na Índia.   
b) o apoio unânime dos grupos islâmicos ao atentado ao World Trade Center, em Nova Iorque, e a invasão militar norte-americana no Iraque.   
c) a situação e os direitos das mulheres nos países do Ocidente e nas áreas em que prevalecem regimes políticos islâmicos.   
d) a invasão norte-americana no Afeganistão e o apoio soviético ao regime liderado pelo Talibã naquele país.   
e) os islâmicos que protestaram contra o atentado à redação do jornal Charlie Hebdo, em Paris, e a ação militar do Estado Islâmico.   
  
5. (Uece 2017)  O eclético grupo de pessoas que Donald Trump está considerando para sua equipe de política externa mostra que o presidente eleito dos Estados Unidos não tem uma visão de mundo definida — pelo menos não aquela que Washington e os aliados da América estavam acostumados a ver. A questão então passa a ser: isso é uma coisa boa ou ruim?

Visão indefinida de Trump sobre o mundo é algo novo para Washington e seus aliados Por Gerald F. Seib – The Wall Street Journal. Disponível em: http://br.wsj.com/articles/SB11094844722466913615704582451063904441038?tesla=y


As implicações geopolíticas da nova política externa norte-americana são ansiosamente aguardadas por vários países do mundo. O posicionamento, já declarado, do Presidente eleito dos EUA em relação à Rússia é de
a) combater as ações deste país na Síria, inclusive com o envio de tropas.   
b) diminuir as importações de produtos russos como forma de fortalecer a indústria interna.   
c) restringir a atuação russa no Conselho de Segurança da ONU.    
d) atuar de forma conjunta ao Governo de Moscou em áreas de interesse mútuo.    
  
6. As mulheres curdas ganharam destaque internacional no último ano em função de seu protagonismo no enfrentamento armado contra o Estado Islâmico, principalmente no Iraque e na Síria. A guerra tornou visível para o mundo o protagonismo dessas mulheres, que não se limita à luta armada. As curdas estão na linha de frente da luta de seu povo por democracia, liberdade para as mulheres e construção de um modelo de economia alternativa, comunal e cooperativada. Essa luta tem cerca de 40 anos, quando mulheres curdas foram viver nas montanhas, pegaram em armas e começaram a questionar frontalmente o modelo patriarcal e repressivo sob o qual viviam até então.

(Weissheimer, Marco. Disponível em: <http://www.sul21.com.br/jornal/mulheres-curdas-lutam-por-democracia-confederada-e-nova-econo mia/>. Acessado em: 16/08/2016).


Com base nas informações do texto e nos conhecimentos sobre geopolítica e conflitos territoriais mundiais, Julgue as afirmativas abaixo como CERTAS ou ERRADAS:

1. O texto retrata um dos principais conflitos e impasses étnico-territoriais na região do Oriente Médio, que envolve um grupo étnico considerado a maior nação sem pátria do mundo.
2. Grande parte do povo curdo habita uma região montanhosa localizada dentro dos territórios da Turquia, Síria, Iraque e Irã, mostrando que fronteiras étnicas e culturais entre Estados nem sempre são convergentes.
3. Apesar do conflito com o Estado Islâmico, o território curdo é reconhecido pelos Estados do Irã, Iraque e Turquia, onde a língua curda é tida como oficial.

Assinale a alternativa correta.  
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.    
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.    
c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.    
d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.    
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.    
  
7. (Pucrs 2016)  Guerras civis e guerras de fundamentalistas religiosos têm provocado atentados terroristas como, por exemplo, o ocorrido em Paris, em 13 de novembro último. Também como consequência trágica desses conflitos, um contingente considerável de pessoas migra entre o Oriente Médio e a Europa, caracterizando a formação de grupos de refugiados em deslocamento. Esse tipo de mobilidade humana abandona áreas conflagradas em busca de paz e qualidade de vida. Nesse contexto, podemos considerar como uma área de repulsão e como uma área de atração de grupos de refugiados, respectivamente,
a) o Iraque e a Polônia.   
b) o Irã e Portugal.   
c) o Líbano e a Grécia.   
d) a Síria e a Alemanha.   
e) o Iêmem e a Itália.   
  
8. (Fgv 2016)  Em julho de 2015, foi fechado um acordo nuclear entre o Irã e o grupo chamado "P5+1": Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha. Entre os pontos do acordo, constam a limitação, em  dos estoques de urânio enriquecido iraniano e o livre acesso de inspetores internacionais ao programa nuclear de Teerã, em troca do alívio das sanções internacionais impostas àquele país do Oriente Médio. Esse acordo não deixou a comunidade internacional indiferente, pois interfere nos equilíbrios regionais de poder.



A respeito dos conflitos geopolíticos no Oriente Médio, julgue as afirmativas abaixo como Certa ou Errada

(     ) A Arábia Saudita considera que a suspensão das sanções econômicas pode ocasionar o fortalecimento do Irã, o que iria desafiar a hegemonia regional saudita e estimular seus inimigos xiitas no Iraque e no Iêmen.
(     ) O primeiro-ministro de Israel avalia esse acordo como um "erro histórico", pois não acredita ele que irá resultar na redução do poderio nuclear iraniano, o que constituiria uma ameaça direta à sobrevivência do Estado judaico.
(     ) Lideranças religiosas iranianas interpretam a suspensão dos embargos econômicos como insuficiente, uma vez que estimularia a OPEP a manter a proibição de comercialização do petróleo iraniano no mercado internacional.

As afirmações são, respectivamente,
a) F - V - F.   
b) V - V - F.   
c) F - V - V.   
d) V - F - F.   
e) F - F - V.   
 
Gabarito:  

Resposta da questão 1:
 [B]

A maioria dos refugiados são provenientes de países que atravessam conflitos armados no Oriente Médio e na África. São exemplos: Afeganistão (conflito que envolve governo, OTAN e o grupo fundamentalista islâmico sunita Taleban), Síria (guerra civil que envolve governo, rebeldes moderados, grupo fundamentalista sunita Estado Islâmico e intervenção militar de vários países como EUA e Rússia) e Somália (conflito interno desde a década de 1990 que envolve governo, opositores, pirataria somali, separatismo no norte e o grupo fundamentalista sunita Al Shabab). Em Mianmar, cresceu o número de refugiados nos últimos anos da etnia rohingya (muçulmanos), que são discriminados pelos budistas e pelo governo. Os rohingya migram para a Tailândia, Malásia e Indonésia. Porém, o país não encontra-se em conflito armado.  

Resposta da questão 2:
 [E]

Como mencionado corretamente na alternativa [E], peshmerga é a denominação curda para a os curdos armados (“aqueles que enfrentam a morte”) e a área de uma futura guerra de secessão é o Curdistão. Os curdos são uma minoria étnica cuja tribo se estende por áreas do atual Iraque, Irão, Síria e Turquia, e vem resistindo aos avanços do EI em seu território.
Estão incorretas as alternativas seguintes porque não correspondem à problemática do enunciado.  

Resposta da questão 3:
 [D]

Desde 2011, a Síria encontra-se numa guerra civil entre o governo do ditador Bashar Al Assad (minoria alauita) e rebeldes sunitas, entre os quais, alguns grupos por democracia. Porém, também atua o Estado Islâmico, grupo fundamentalista islâmico sunita e terrorista. A partir de então, milhares de refugiados deixaram o país rumo a países vizinhos e à União Europeia, atravessando o Mediterrâneo.  

Resposta da questão 4:
 [E]

A maioria dos muçulmanos é moderada, entre os quais os que criticam atos como o atentado contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo (2015). Os muçulmanos são divididos entre xiitas e sunitas (com subdivisões como os vaabitas na Arábia Saudita). Os grupos fundamentalistas ou islamitas são minoritários. Aqueles que fazem parte de organizações terroristas também são agrupamentos minoritários, a exemplo do Estado Islâmico (sunita) que ocupa parte da Síria e Iraque.  

Resposta da questão 5:
 [D]

A eleição do presidente Donald Trump (Partido Republicano) em 2016 foi uma surpresa devido às suas posições extremistas (extrema direita) e inexperiência política. As indicações de aproximação geopolítica com a Rússia causaram mal estar nos políticos tradicionais e na mídia dos EUA. As ligações entre a campanha eleitoral de Trump e o governo russo são tema polêmico e se comprovadas podem levar a instabilidade política no país.  No entanto, em política externa, nada é definitivo, e estar atualizado é indispensável ao candidato ou aluno. Recentemente, o governo de Trump, que no primeiro momento, havia se declarado um presidente doméstico, tem atuado de forma extremamente acertiva em sua política externa. A aliança com Putin, de quem recebeu apoio público na campanha eleitoral, vem se mostrando menos provável, principalmente após os ataques contra o Governo sírio.

Resposta da questão 6:
 [D]

As afirmativas [1] e [2] estão corretas, porque o povo curdo é a minoria étnica mais numerosa, cujas terras abrangem originalmente parte do Irã, Iraque, Turquia e Síria e, sem ter um Estado Nação reconhecido é alvo habitual tanto das forças armadas dos países citados, quanto de grupos extremistas como o Estado Islâmico. A afirmativa [3] está incorreta, porque o Curdistão não é reconhecido como território independente.  

Resposta da questão 7:
 [D]

Como mencionado corretamente na alternativa [D], a Síria caracteriza-se como área de repulsão em razão da guerra civil e ação do Estado Islâmico na região, ao passo que a Alemanha configura-se como área de atração em função de sua pujança econômica. Estão incorretas as alternativas: [A], porque embora o Iraque configure-se como área de repulsão, a Polônia não se caracteriza como atração; [B] e [C], porque os países mencionados não se configuram como repulsão ou atração de refugiados; [E], porque embora a Itália se configure como área de atração, o Iêmen não se caracteriza como repulsão.  

Resposta da questão 8:
 [B]


O último item é falso, com o acordo diplomático entre Irã e o grupo P5 + 1, a suspensão dos embargos econômicos aumenta as exportações de petróleo do Irã para vários países, inclusive os da União Europeia. A OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), organização a qual o Irã pertence, não proibiu a comercialização do petróleo iraniano.  

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