1. Entre outros desdobramentos provocados pela chamada
Primavera Árabe, iniciada no final de 2010, podemos citar
Primavera Árabe, iniciada no final de 2010, podemos citar
a) a deposição de governantes
na Líbia e no Egito e o início de violenta guerra civil na Síria.
na Líbia e no Egito e o início de violenta guerra civil na Síria.
b) a democratização política
na Argélia e a instalação de regimes militares no Barein e na Jordânia.
na Argélia e a instalação de regimes militares no Barein e na Jordânia.
c) o surgimento de regimes
islâmicos no Irã e na Tunísia e a queda do governo pró-Estados Unidos no
Líbano.
islâmicos no Irã e na Tunísia e a queda do governo pró-Estados Unidos no
Líbano.
d) o controle do governo da
Arábia Saudita por grupos islâmicos fundamentalistas e o fim do apoio russo ao
Iraque.
Arábia Saudita por grupos islâmicos fundamentalistas e o fim do apoio russo ao
Iraque.
e) o fim dos conflitos
religiosos no Iêmen e no Marrocos e o aumento do preço do petróleo no mercado
mundial.
religiosos no Iêmen e no Marrocos e o aumento do preço do petróleo no mercado
mundial.
Resposta:
[A]
A partir de 2010, a
Primavera Árabe foi um movimento por democracia contra ditaduras que levou a
queda dos ditadores da Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen. Na Síria, eclodiu uma
guerra civil entre o governo de Bashar Al Assad e grupos sunitas, entre os
quais o ELS (Exército de Libertação da Síria) e o extremista Estado Islâmico.
Primavera Árabe foi um movimento por democracia contra ditaduras que levou a
queda dos ditadores da Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen. Na Síria, eclodiu uma
guerra civil entre o governo de Bashar Al Assad e grupos sunitas, entre os
quais o ELS (Exército de Libertação da Síria) e o extremista Estado Islâmico.
2. O grupo Boko Haram, autor do sequestro, em abril de
2014, de mais de duzentas estudantes, que, posteriormente, segundo os líderes
do grupo, seriam vendidas, nasceu de uma seita que atraiu seguidores com um
discurso crítico em relação ao regime local. Pregando um islã radical e
rigoroso, Mohammed Yusuf, um dos fundadores, acusava os valores ocidentais,
instaurados pelos colonizadores britânicos, de serem a fonte de todos os males
sofridos pelo país. Boko Haram significa “a educação ocidental é pecaminosa” em
haussa, uma das línguas faladas no país.
2014, de mais de duzentas estudantes, que, posteriormente, segundo os líderes
do grupo, seriam vendidas, nasceu de uma seita que atraiu seguidores com um
discurso crítico em relação ao regime local. Pregando um islã radical e
rigoroso, Mohammed Yusuf, um dos fundadores, acusava os valores ocidentais,
instaurados pelos colonizadores britânicos, de serem a fonte de todos os males
sofridos pelo país. Boko Haram significa “a educação ocidental é pecaminosa” em
haussa, uma das línguas faladas no país.
www.cartacapital.com.br.
Acessado em 13/05/2014. Adaptado.
Acessado em 13/05/2014. Adaptado.
O texto se refere
a) a uma dissidência da
Al-Qaeda no Iraque, que passou a atuar no país após a morte de Sadam
Hussein.
Al-Qaeda no Iraque, que passou a atuar no país após a morte de Sadam
Hussein.
b) a um grupo terrorista
atuante nos Emirados Árabes, país economicamente mais dinâmico da região.
atuante nos Emirados Árabes, país economicamente mais dinâmico da região.
c) a uma seita religiosa
sunita que atua no Sul da Líbia, em franca oposição aos xiitas.
sunita que atua no Sul da Líbia, em franca oposição aos xiitas.
d) a um grupo muçulmano
extremista, atuante no Norte da Nigéria, região em que a maior parte da
população vive na pobreza.
extremista, atuante no Norte da Nigéria, região em que a maior parte da
população vive na pobreza.
e) ao principal grupo
religioso da Etiópia, ligado ao regime político dos tuaregues, que atua em toda
a região do Saara.
religioso da Etiópia, ligado ao regime político dos tuaregues, que atua em toda
a região do Saara.
Resposta:
[D]
Como
mencionado corretamente na alternativa [D], Boko Haram é um grupo extremista
que atua na Nigéria com o objetivo de combater os valores ocidentais, por meio
da imposição da Sharia. Estão incorretas as alternativas seguintes por não
corresponderem ao texto.
mencionado corretamente na alternativa [D], Boko Haram é um grupo extremista
que atua na Nigéria com o objetivo de combater os valores ocidentais, por meio
da imposição da Sharia. Estão incorretas as alternativas seguintes por não
corresponderem ao texto.
3- “Os acontecimentos são como a espuma da
história, bolhas que, grandes ou pequenas, irrompem na superfície e, ao
estourar, provocam ondas que se propagam a maior ou menor distância”. São de
Georges Duby essas observações. De acordo com ele, “acontecimentos sensacionais”
— a exemplo da chegada da corte portuguesa à cidade do Rio de Janeiro, em 1808;
da criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 1815; da
oficialização do rompimento entre Brasil e Portugal, em 1822; da outorga da
Carta Constitucional do Império, em 1824; e da abdicação de D. Pedro I, em 1831
— podem apresentar valor inestimável para a compreensão das circunstâncias
históricas nas quais se evidenciaram.
história, bolhas que, grandes ou pequenas, irrompem na superfície e, ao
estourar, provocam ondas que se propagam a maior ou menor distância”. São de
Georges Duby essas observações. De acordo com ele, “acontecimentos sensacionais”
— a exemplo da chegada da corte portuguesa à cidade do Rio de Janeiro, em 1808;
da criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 1815; da
oficialização do rompimento entre Brasil e Portugal, em 1822; da outorga da
Carta Constitucional do Império, em 1824; e da abdicação de D. Pedro I, em 1831
— podem apresentar valor inestimável para a compreensão das circunstâncias
históricas nas quais se evidenciaram.
Cecília
Helena de Salles Oliveira. Repercussões da revolução: delineamento do império do
Brasil, 1808/1831. In:
Keila Grinberg e Ricardo Salles (Orgs.). O Brasil imperial (vol. I - 1808-1831). Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2009, p. 17 (com adaptações).
Helena de Salles Oliveira. Repercussões da revolução: delineamento do império do
Brasil, 1808/1831. In:
Keila Grinberg e Ricardo Salles (Orgs.). O Brasil imperial (vol. I - 1808-1831). Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2009, p. 17 (com adaptações).
Tendo o
fragmento de texto precedente como referência inicial e considerando aspectos
marcantes do processo de independência do Brasil, julgue (C ou E)
o item seguinte.
fragmento de texto precedente como referência inicial e considerando aspectos
marcantes do processo de independência do Brasil, julgue (C ou E)
o item seguinte.
A
oficialização do rompimento entre o Brasil e a metrópole portuguesa, ainda que
conduzida por setores da elite política colonial, tendo à frente o próprio príncipe
regente D. Pedro, se fez acompanhar da ação popular que, em alguns pontos do
território brasileiro, enfrentou as tropas portuguesas que se insurgiram contra
a independência, a exemplo da batalha do Jenipapo, no Piauí, e da guerra
finalmente vencida pelos baianos em 2 de julho de 1823.
oficialização do rompimento entre o Brasil e a metrópole portuguesa, ainda que
conduzida por setores da elite política colonial, tendo à frente o próprio príncipe
regente D. Pedro, se fez acompanhar da ação popular que, em alguns pontos do
território brasileiro, enfrentou as tropas portuguesas que se insurgiram contra
a independência, a exemplo da batalha do Jenipapo, no Piauí, e da guerra
finalmente vencida pelos baianos em 2 de julho de 1823.
Resposta: Certo
O grito de independência,
mesmo o retratado por Pedro Américo quatro décadas depois, não seria suficiente
para garantir a independência do Brasil. No Rio de Janeiro, as coisas foram
mais fáceis, e as tropas portuguesas, presentes aqui, aceitaram negociações com
D. Pedro; primeiro confinados a Niterói, e depois deixando a colônia. Essa
situação não se repetiu em outras províncias. A resistência foi a norma, ao
menos, nas províncias do Pará, Piauí, Cisplatina, Maranhão, Ceará e, conforme
afirma o item, em parte da província da Bahia. Em 13 de Março de 1823, às
margens do Riacho Jenipapo, travou-se uma das mais sangrentas batalhas da
guerra de independência brasileira, e D. Pedro, além dos serviços de
mercenários estrangeiros, contou, nessa região, com apoio glorioso de boa parte
da população da província do Piauí, que, valentemente e sem treinamento ou
armamento adequado, lutou tenazmente contra soldados treinados, logrando para vencer e expulsar os portugueses de nosso
território.
mesmo o retratado por Pedro Américo quatro décadas depois, não seria suficiente
para garantir a independência do Brasil. No Rio de Janeiro, as coisas foram
mais fáceis, e as tropas portuguesas, presentes aqui, aceitaram negociações com
D. Pedro; primeiro confinados a Niterói, e depois deixando a colônia. Essa
situação não se repetiu em outras províncias. A resistência foi a norma, ao
menos, nas províncias do Pará, Piauí, Cisplatina, Maranhão, Ceará e, conforme
afirma o item, em parte da província da Bahia. Em 13 de Março de 1823, às
margens do Riacho Jenipapo, travou-se uma das mais sangrentas batalhas da
guerra de independência brasileira, e D. Pedro, além dos serviços de
mercenários estrangeiros, contou, nessa região, com apoio glorioso de boa parte
da população da província do Piauí, que, valentemente e sem treinamento ou
armamento adequado, lutou tenazmente contra soldados treinados, logrando para vencer e expulsar os portugueses de nosso
território.
Bons estudos,
E um grande
abraço,
abraço,
Professor Arão
Alves
Alves
4- “Os acontecimentos são como a espuma da
história, bolhas que, grandes ou pequenas, irrompem na superfície e, ao
estourar, provocam ondas que se propagam a maior ou menor distância”. São de
Georges Duby essas observações. De acordo com ele, “acontecimentos sensacionais”
— a exemplo da chegada da corte portuguesa à cidade do Rio de Janeiro, em 1808;
da criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 1815; da
oficialização do rompimento entre Brasil e Portugal, em 1822; da outorga da
Carta Constitucional do Império, em 1824; e da abdicação de D. Pedro I, em 1831
— podem apresentar valor inestimável para a compreensão das circunstâncias
históricas nas quais se evidenciaram.
história, bolhas que, grandes ou pequenas, irrompem na superfície e, ao
estourar, provocam ondas que se propagam a maior ou menor distância”. São de
Georges Duby essas observações. De acordo com ele, “acontecimentos sensacionais”
— a exemplo da chegada da corte portuguesa à cidade do Rio de Janeiro, em 1808;
da criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 1815; da
oficialização do rompimento entre Brasil e Portugal, em 1822; da outorga da
Carta Constitucional do Império, em 1824; e da abdicação de D. Pedro I, em 1831
— podem apresentar valor inestimável para a compreensão das circunstâncias
históricas nas quais se evidenciaram.
Cecília
Helena de Salles Oliveira. Repercussões da revolução: delineamento do império do
Brasil, 1808/1831. In: Keila Grinberg e Ricardo
Salles (Orgs.). O Brasil imperial (vol.
I - 1808-1831). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p. 17 (com
adaptações).
Helena de Salles Oliveira. Repercussões da revolução: delineamento do império do
Brasil, 1808/1831. In: Keila Grinberg e Ricardo
Salles (Orgs.). O Brasil imperial (vol.
I - 1808-1831). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p. 17 (com
adaptações).
Tendo o
fragmento de texto precedente como referência inicial e considerando aspectos
marcantes do processo de independência do Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.
fragmento de texto precedente como referência inicial e considerando aspectos
marcantes do processo de independência do Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.
As teses
libertárias do Iluminismo, que embalaram a Revolução Francesa de 1789 e
impulsionaram a independência das treze colônias inglesas na América do Norte, em
1776, também chegaram ao Brasil, presentes em movimentos emancipacionistas como
as Conjurações Baiana (1798) e Mineira (1789).
libertárias do Iluminismo, que embalaram a Revolução Francesa de 1789 e
impulsionaram a independência das treze colônias inglesas na América do Norte, em
1776, também chegaram ao Brasil, presentes em movimentos emancipacionistas como
as Conjurações Baiana (1798) e Mineira (1789).
( )
CERTO
( ) ERRADO
CERTO
( ) ERRADO
Corretíssimo!! “Capa de revista”
O ideário iluminista liberal foi fonte de
inspiração para o questionamento ao “Ancien
Régime”. Embora
o iluminismo questionasse o absolutismo, a convivência entre filósofos
iluministas e governos absolutistas, ao menos nos Estados periféricos, não era
algo raro. Tal aproximação acabou produzindo aquilo que a historiografia
tradicional denomina de “despotismo esclarecido”. Considerando Portugal, o
governo de D. José I (1750-1777), cujo valido era Sebastião José de Carvalho e
Melo (Marquês de Pombal), foi pródigo nessa aproximação. Pombal promoveu
consideráveis reformas em Portugal e em suas colônias, orientando-se, por
vezes, nas ideias liberais, embora representasse uma monarquia com traços
absolutistas. Entre as diversas reformas pombalinas, podemos destacar as
reformas educacionais que, entre outras, transformaria a produção de
conhecimento na Universidade de Coimbra, centro de formação dos filhos da elite
metropolitana e colonial, além de retirar dos inacianos (jesuítas) o monopólio
da educação na colônia. A Revolução americana, muito mais do que a francesa,
teria grande importância como fonte de inspiração para os levantes apresentados
no item, principalmente a inconfidência mineira, cujo desfecho ocorreu antes da
tomada da Bastilha. A influência do liberalismo na Colônia brasileira, além de
influenciar a conjuração baiana, em 1898, produziu em Olinda um resultado simbólico
da institucionalização da produção liberal na colônia, assim como do caráter
paradoxo dessa nova instituição liberal. Tratava-se da fundação do seminário de
Olinda, em 1800. O Seminário ocupava um antigo prédio jesuíta e seu fundador, o
bispo Azeredo Coutinho, era egresso da Coimbra reformada.
inspiração para o questionamento ao “Ancien
Régime”. Embora
o iluminismo questionasse o absolutismo, a convivência entre filósofos
iluministas e governos absolutistas, ao menos nos Estados periféricos, não era
algo raro. Tal aproximação acabou produzindo aquilo que a historiografia
tradicional denomina de “despotismo esclarecido”. Considerando Portugal, o
governo de D. José I (1750-1777), cujo valido era Sebastião José de Carvalho e
Melo (Marquês de Pombal), foi pródigo nessa aproximação. Pombal promoveu
consideráveis reformas em Portugal e em suas colônias, orientando-se, por
vezes, nas ideias liberais, embora representasse uma monarquia com traços
absolutistas. Entre as diversas reformas pombalinas, podemos destacar as
reformas educacionais que, entre outras, transformaria a produção de
conhecimento na Universidade de Coimbra, centro de formação dos filhos da elite
metropolitana e colonial, além de retirar dos inacianos (jesuítas) o monopólio
da educação na colônia. A Revolução americana, muito mais do que a francesa,
teria grande importância como fonte de inspiração para os levantes apresentados
no item, principalmente a inconfidência mineira, cujo desfecho ocorreu antes da
tomada da Bastilha. A influência do liberalismo na Colônia brasileira, além de
influenciar a conjuração baiana, em 1898, produziu em Olinda um resultado simbólico
da institucionalização da produção liberal na colônia, assim como do caráter
paradoxo dessa nova instituição liberal. Tratava-se da fundação do seminário de
Olinda, em 1800. O Seminário ocupava um antigo prédio jesuíta e seu fundador, o
bispo Azeredo Coutinho, era egresso da Coimbra reformada.
Bons estudos,
E um grande
abraço,
abraço,
Professor Arão
Alves
Alves
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