1.
(Fgv) Dom Pedro Miguel de Almeida Portugal – conde
de Assumar – se casou em 1715 com D. Maria José de Lencastre. Daí a dois anos
partiria para o Brasil como governador da capitania de São Paulo e Minas
Gerais. Nas Minas, não teria sossego, dividido entre o cuidado ante virtuais
levantes escravos e efetivos levantes de poderosos; o mais sério destes o
celebrizaria como algoz: foi o conde de Assumar que, em 1720, mandou executar
Felipe dos Santos sem julgamento, sendo a seguir chamado a Lisboa e amargurado
um longo ostracismo. (Laura de Mello e Souza, Norma e conflito: aspectos da
história de Minas no século XVIII)
A morte de Felipe dos
Santos esteve vinculada a
a)
uma sublevação
em Vila Rica, que envolveu vários grupos sociais, descontentes com a decisão de
levar todo ouro extraído para ser quintado nas Casas de Fundição.
b)
um movimento
popular que exigia a autonomia das Minas Gerais da capitania do Rio de Janeiro
e o imediato cancelamento das atividades da Companhia de Comércio do Brasil.
c)
uma revolta
denominada Guerra do Sertão, comandada por potentados locais, que não aceitavam
as imposições colonialistas portuguesas, como a proibição do comércio com a
Bahia.
d)
uma
insurreição comandada pela elite colonial, inspirada no sebastianismo, que
defendia a emancipação da região das Minas do restante da América portuguesa,
com a criação de uma nova monarquia.
e)
uma rebelião,
que contrapôs os paulistas – descobridores das minas e primeiros exploradores –
e os chamados emboabas ou forasteiros – pessoas de outras regiões do Brasil,
que vieram atrás das riquezas de Minas.
Para revisar o assunto, assista ao vídeo abaixo:
Resposta:
[A]
A Revolta de Vila Rica ou Revolta de Filipe dos Santos foi uma
sublevação colonial contra a cobrança do quinto, o mais importante imposto do
ouro. Líder da revolta, Filipe dos Santos foi morto, enforcado e
esquartejado.
2. (Espcex (Aman) 2018) O território brasileiro é, atualmente, bem maior do
que as terras atribuídas a Portugal pelo Tratado de Tordesilhas. A expansão da
colônia ocorreu graças à ação de bandeirantes, missionários, militares e
pecuaristas que ocuparam as vastidões pouco exploradas das áreas de ambos os
lados da linha de Tordesilhas. O tratado em que a França renuncia às terras que
ocupava na margem esquerda do rio Amazonas e aceita o rio Oiapoque como limite
entre a colônia portuguesa e a Guiana Francesa é o
a)
Segundo
Tratado de Utretcht.
b)
Tratado de
Santo Ildefonso.
c)
Tratado de
Madri.
d)
Tratado de Badajoz.
e)
Primeiro
Tratado de Utretcht.
Resposta:
[E]
O
Primeiro Tratado de Utretcht foi assinado em 1713, entre França e Portugal, e
estabelecia os limites entre o Brasil Colônia e a Guiana Francesa. Nesse
Tratado ficaram determinados a posse do Amapá e o controle do Oiapoque.
3. (Espm) “Em 1759, os jesuítas
foram expulsos de Portugal e do Brasil pelo marquês de Pombal. Nas reformas
pombalinas, a expulsão dos jesuítas foi capítulo dos mais dramáticos, ousados
e radicais, demonstrando até que ponto se reafirmava a soberania do Estado
português na colônia.” (Carlos
Guilherme Mota e Adriana Lopez. História
do Brasil: Uma interpretação)
Os
problemas em questão têm por origem o seguinte:
a)
Pombal
acusava a Companhia de Jesus de formar um verdadeiro Estado dentro do Estado e
resistir ao poder do rei;
b)
Pombal
condenava o monopólio do comércio de escravos africanos pela Companhia de
Jesus;
c)
Pombal
se ressentiu da recusa por parte da Companhia de Jesus de participar da colonização
do Estado do Grão-Pará e Maranhão;
d)
Pombal
rompeu com os jesuítas após a Companhia de Jesus apresentar uma decidida
condenação ao tráfico negreiro praticado pelo governo português;
e)
Os
jesuítas apoiavam as pretensões espanholas nas negociações dos tratados de
limites ocorridos no século XVIII.
Resposta:
[A]
Somente
a proposição [A] está correta. A questão remete a expulsão dos jesuítas do
Brasil e de Portugal. Desde a chegada ao Brasil em 1549, os padres jesuítas
liderados por Manoel da Nóbrega se preocuparam com a catequese dos nativos e
proibiram a escravidão do índio. Assim, ocorreu um conflito entre os colonos e
os jesuítas devido à questão da escravidão indígena. Ao longo da colonização
Portuguesa no Brasil, os padres jesuítas foram se constituindo em um Estado
dentro do Estado, incomodando a coroa portuguesa. Nas Guerras Guaraníticas
ocorridas em meados do século XVIII, os jesuítas se posicionaram a favor dos
nativos. Desta forma, o Ministro Marquês de Pombal em 1759 expulsou os padres
jesuítas do Brasil e de Portugal. Pombal foi ministro do rei José I, foi
considerado um “Déspota Esclarecido”, pois utilizou algumas ideias Iluministas
para reforçar o Absolutismo.
4. (Unicamp 2019) Tanto que se viu a abundância do ouro que se tirava
e a largueza com que se pagava tudo o que lá ia, logo se fizeram estalagens e
logo começaram os mercadores a mandar às Minas Gerais o melhor que chega nos
navios do Reino e de outras partes. De todas as partes do Brasil, se começou a
enviar tudo o que dá a terra, com lucro não somente grande, mas excessivo.
Daqui se seguiu, mandarem-se às Minas Gerais as boiadas de Paranaguá, e às do
rio das Velhas, as boiadas dos campos da Bahia, e tudo o mais que os moradores
imaginaram poderia apetecer-se de qualquer gênero de cousas naturais e
industriais, adventícias e próprias. (Adaptado
de André Antonil, Cultura e Opulência do Brasil. Belo Horizonte:
Itatiaia-Edusp, 1982, p. 169-171.)
Sobre
os efeitos da descoberta das grandes jazidas de metais e pedras preciosas no
interior da América portuguesa na formação histórica do centro-sul do Brasil, é
correto afirmar que:
a)
A demanda do
mercado consumidor criado na zona mineradora permitiu a conexão entre
diferentes partes da Colônia que até então eram pouco integradas.
b)
A partir da
criação de rotas de comércio entre os campos do sul da Colônia e a região
mineradora, Sorocaba e suas feiras perderam a relevância econômica adquirida no
século XVII.
c)
O
desenvolvimento socioeconômico da região das minas e do centro-sul levou a
Coroa a deslocar a capital da Colônia de Salvador para Ouro Preto em 1763.
d)
Como o solo da
região mineradora era infértil, durante todo o século XVIII sua população
importava os produtos alimentares de Portugal ou de outras capitanias.
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