1. (Unicamp 2020) Os números indicam que antes da abolição de 1888 restavam pouco mais de setecentos mil escravos no Brasil. Conforme estimativa do censo de 1872, elaborada pelo IBGE, a população total do país era de 9.930.478 habitantes. Isso indica que grande parte da população de cor (pretos e pardos) já havia adquirido a liberdade por seus próprios meios antes da Lei Áurea.
(Adaptado de
Wlamyra Albuquerque, A vala comum da ‘raça emancipada’: abolição e racialização
no Brasil, breve comentário. História Social, Campinas, n. 19, p.
99, 2010.)
a) A
maioria da população negra já era liberta antes de 1888, porque as províncias
escravistas do Sudeste, almejando abrirem-se para a imigração italiana, vinham
adotando medidas abolicionistas desde o fim do tráfico, em 1850.
b) Em
termos globais, o grande percentual da população livre de cor reflete o peso
demográfico da população liberta concentrada nas províncias pouco dependentes
da escravidão, como Santa Catarina e Paraná.
c) A
maioria da população africana e seus descendentes já era livre quando a Lei
Áurea foi aprovada, porque vinha obtendo alforrias através de uma
multiplicidade de estratégias, desde o período colonial.
d) O
alto número de libertos antes de 1888 reflete o impacto da abolição dos
escravos por parte do Imperador D. Pedro II, pois a família real era a maior
proprietária de cativos durante o século XIX, na região do Vale do Paraíba.
Resposta:
[C]
Em relação aos seus ideais,
é correto afirmar que os rebeldes
a) foram inspirados pela
Revolução Francesa, eram favoráveis à centralização política no poder executivo
e partidários da presença portuguesa na economia.
b) foram influenciados pela
“Primavera dos Povos” de 1848, eram liberais e possuíam um componente antilusitano.
c) eram adeptos das teorias
socialistas, incentivando a luta de classes e a administração centrada no poder
do imperador.
d) lutavam contra o predomínio
das oligarquias regionais, preconizavam a “revolução dos pobres” e a
independência da região Nordeste.
e) defendiam o fim do Império,
o retorno à condição colonial e o incentivo ao comércio interno.
Resposta:
[B]
3. (Espm 2019) Somente
a partir de 1850 vai se observar um maior dinamismo no desenvolvimento
econômico do país em geral e de suas manufaturas em particular. O crescimento
do número de empresas industriais se faria com relativa rapidez. (Sonia Mendonça. A
Industrialização Brasileira)
O assunto tratado no texto
guarda relação com:
a) a eficácia duradoura da
tarifa Alves Branco que protegeu a produção brasileira da concorrência dos
produtos estrangeiros, sobretudo ingleses;
b) o fim do tráfico de
africanos para o Brasil, estipulado pela Lei Eusébio de Queirós, medida que
liberou capitais, até então empatados na compra de escravos, para outras
atividades, como indústria, serviços urbanos e bancos;
c) a opção firme do governo
imperial por apoiar a indústria em detrimento da agricultura, o que é
comprovado pelo auxílio irrestrito às atividades do Visconde de Mauá;
d) a expansão da indústria, a
partir de meados do século XIX, que ocorreu em todos os grandes centros do
país, conforme comprovam o elevado número de empresas com mais de cem
trabalhadores em regiões como o Norte e o Nordeste;
e) a formação de um consistente
mercado interno decorrente da mineração, que impulsionou uma robusta
urbanização capaz de oferecer escoamento da produção no âmbito local.
Resposta:
[B]
4. (Unesp 2019) É particularmente no Oeste
da província de São Paulo – o Oeste de 1840, não o de 1940 – que os cafezais
adquirem seu caráter próprio, emancipando-se das formas de exploração agrária
estereotipadas desde os tempos coloniais no modelo clássico da lavoura
canavieira e do “engenho” de açúcar. A silhueta antiga do senhor de engenho
perde aqui alguns dos seus traços característicos, desprendendo-se mais da
terra e da tradição – da rotina rural. A terra de lavoura deixa então de ser o
seu pequeno mundo para se tornar unicamente seu meio de vida, sua fonte de
renda […]. (Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil, 1987.)
O “caráter próprio” das
fazendas de café do Oeste paulista de 1840 pode ser explicado, em parte, pelo
a) menor isolamento dessas
fazendas em relação aos meios urbanos.
b) emprego exclusivo de mão de
obra imigrante e assalariada.
c) desaparecimento das
práticas de mandonismo local.
d) maior volume de produção de
mantimentos nessas fazendas.
e) esforço de produzir
prioritariamente para o mercado interno.
Resposta:
[A]
5. (Mackenzie 1997) O Golpe
da Maioridade que colocou Pedro II no trono em 1840 representou:
a) a
vitória dos liberais que retornaram ao governo, convidados para formar o
primeiro ministério do Segundo Reinado.
b) a
ascensão dos conservadores afastados do poder desde o Avanço Liberal.
c) o
enfraquecimento do regime monárquico e o crescimento do republicanismo.
d) o
declínio da aristocracia rural já que o novo governo não apoiava a manutenção
de seus privilégios.
e) o
fortalecimento da democracia, fato comprovado na primeira eleição do Segundo
Reinado, a "eleição do cacete".
Resposta:
[A]
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