... Na passagem do século XIX para XX, o pessoal vivia um role meio estranho. Sabe aquele lance de Pink e Cérebro. O que vamos fazer para dominar o mundo? Brincadeiras à parte, diversos teóricos discutiam teorias específicas para a compreensão da política internacional das grandes potências. Entre esses teóricos, poderíamos citar o alemão Friedrich Ratzel. Para Ratzel, a posição e as características geográficas de um país seriam determinantes na orientação de sua política exterior. Dentro dessa lógica ele afirmaria a importância de território para uma grande potência.
Com isso em mente, A Alemanha elege considera o Leste Europeu e os Balcãs como sua área natural de expansão. Seguindo, de alguma forma, as ideias de Ratzel, o inglês Mackinder desenvolve as bases da geopolítica inglesa. Para ele o Estado que dominasse a massa continental eurasiana, o heartland, dominaria o mundo, por isso, a Rússia, que vivia nesse território, deveria ser contida, impedida de dominar a zona oceânica. Eu acho que você já devem estar lembrando quando eu citei a importância dos estreitos de bósforo e Dardanelos para os Russos. Lembrou? Pense que os russos eram o Urso, que domina o Heartland, enquanto a Inglaterra era a baleia, que dominava a zona oceânica. Podemos usar essa metáfora para entendermos o apoio que a Inglaterra deu a sobrevida do Império turco otomano, que, de alguma forma, impedia o desenvolvimento de uma marinha russa realmente relevante, já que o acesso de seus navios ao mar egeu e aos chamados mares quentes era extremamente limitado pelo controle turco sobre os dois estreitos. ...
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