Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil - Questão Discursiva Comentada
Com plantação
de alimentos e árvores nativas, Angelim 1 exige do Estado proteção ao seu
território tradicional
A comunidade
quilombola do Angelim 1 abriu uma nova retomada nesse sábado (23 de outubro)
para impedir que a Suzano Papel e CELULOSE (ex-Fibria e ex-Aracruz Celulose)
expanda os monocultivos de eucalipto em áreas já demarcadas como Território
Quilombola Tradicional do Sapê do Norte.
Moradores do
Angelim 1 se revezam desde então, plantando alimentos e árvores nativas, de
forma a iniciar a recuperação do solo degradado por décadas de deserto verde
(monoculturas de eucalipto). A ideia é priorizar a recuperação de nascentes e
lagoas que foram destruídas pelo uso
inadequado dos recursos hídricos pela multinacional.
Atividades com
crianças também estão sendo iniciadas, de forma a revitalizar o local com a
cultura quilombola, a quem ele pertence.
a) Porque as terras ocupadas
por povos quilombolas e demais populações tradicionais no Brasil (como
seringueiros, castanheiros, pescadores artesanais, caiçaras, apanhadores de
flores, etc.) são constantemente invadidas por agentes capitalistas diversos?
Cite dois motivos.
b) Qual é a importância de
conhecermos e reconhecermos os povos tradicionais do Brasil, como as
comunidades quilombolas e os povos originários (indígenas), e seus direitos
territoriais? Cite três fatores.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
a) Os povos e comunidades tradicionais como os
quilombolas, caiçaras, castanheiros, seringueiros e ribeirinhos apresentam uma
relação singular com o meio ambiente, por vezes, marcada pela sustentabilidade.
Seus territórios são alvo do interesse de empresas e grande proprietários
rurais, pois as comunidades vulneráveis, por vezes, não apresentam título de
posse das terras. O poder econômico também influencia as comunidades oferecendo
benefícios temporários como empregos e maior rendimento pelo uso das terras. No
caso do Espírito Santo, o avanço da silvicultura para a produção de celulose e
papel é uma das principais ameaças. Latifundiários, mineradoras e turismo sem
planejamento também são riscos para os povos tradicionais.
b) A garantia
de direitos territoriais, a exemplo do título de posse da terra para os povos tradicionais
e povos originários, é fundamental para salvaguardar a sobrevivência econômica
das comunidades. Deve-se também promover a preservação de suas características
culturais e a conservação de suas relações específicas dos povos tradicionais
com o meio ambiente.
@HistoriaemGotas
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